Segundo John Grierson, “o cinema de documentário era uma ótima ferramenta de educação”. Grierson, considerado um dos principais nomes da história dos primórdios do documentário, talvez não visse o enorme salto que esta arte, o cinema, deu em séculos.
Hoje, é possível se encontrar produções que falem diretamente sobre temas didáticos ou até de temas específicos de uma matéria. "Língua – Vidas em Português” de Victor Lopes (2001), “Mr. Holland Opus” de Stephen Herek (1995), “Homo Sapiens” de Peter Cohen (1900), respectivamente, são exemplos de abordagem da Língua Portuguesa, Educação Musical e das Ciências Físicas e Biológicas, no cinema.
Quando nos vimos, estávamos diante de um montante de filmes feitos para o cinema, que abordavam diversos temas de sala de aula, e que podem ser utilizados como ferramenta na educação. E também de um idêntico montante de discussões sobre “usar”, “se usar” e “por que usar” tais ferramentas em sala. A validade das discussões sempre esbarram na arcaica necessidade de tornar o professor único e onipresente.
Ora, somos , os professores, nada mais que ferramentas de ensino; peões que dispõe de um conhecimento um pouco mais aprofundado que os espectadores, e está ali para guiar as descobertas que nossos pupilos devem ter.
Educação “dada” não é o mesmo que “ensinada”.
O cinema como ferramenta já vem sendo discutido com mais freqüência nos últimos anos, e se , ferramentas existem e devem ser utilizadas, porque não fazê-las com tal arte? Com o mesmo cuidado que temos para selecionar o conteúdo e o material de uma aula, entra aí o cinema, pedindo acesso a este ambiente, a fim de deixar de ser “o irmão pobre” da internet e virar o jogo. Já não era sem tempo!
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