quarta-feira, 24 de novembro de 2010

11. QUESTIONAMENTO

A disposição de dados em coordenadas cartesianas no quadro negro é limitado, e ainda estamos falando apenas do plano tridimensional. Tanto às mãos do professor quanto aos olhos dos alunos, aceita-se a idéia , mas muitas vezes não se compreende. Se podemos dispor uma gravura no quadro negro, e aceita-la , como torná-la palpável a experimentações? Não que seja objetivo supremo, tudo transformar em cotidiano. Mas , e as questões suplementares que possam surgir daí?

As diversas ferramentas disponíveis para o ensino , que hoje perdem um espaço absurdo para internet, possibilitam, não só um entendimento diferenciado, mas aprofundado do assunto. Ricardo Carvalho, integrante do Núcleo de Educação a Distância da Faculdade Sumaré, e também da equipe de professores da pós-graduação da Faculdade de Turismo e Hotelaria do SENAC, em uma de suas diversas pesquisas e experiências envolvendo internet e educação, permitiu que temas de sala de aula, fossem discutidos a distancia, com a ajuda apenas de anotações e clippings feitos em sala de aula. E o que se verificou foi um aumento expressivo e qualitativo do aprendizado de alguns temas,que , em sala de aula, apenas no “cuspe e giz” não surtiram tal efeito.

Explica-se; eram alunos de economia, e os exaustivos dados (que podem envolver desde tabelas a longos gráficos) foram de um certa forma aperfeiçoados, na hora de estudar, graças a ferramenta internet. Terminado esta fase de aprendizado, o tema era levado novamente a sala de aula, para uma última e debatida avaliação. Mesmo assim, a ferramenta internet entrava no final do processo, como forma de fórum, para as discussões complementares.

Voltemos a questão dos complexos. Como vimos, sua representação gráfica, fica, por vezes defasada quando aplicada em quadro negro. O tridimensional, como já foi visto inúmeras vezes, é colocado , aceitado , mas deve ser convencido pelo professor. Eis que se apresenta uma ferramenta tão familiar quanto o cinema, que por vezes é tomado apenas como forma de lazer. Mas como vimos no item “Cinema e Educação” deste trabalho, é uma forma mais que viável de se ensinar e aprender. É um recurso de mídia eletrônica como disposto por Fábio Gonçalves Teixeira , Régio P. da Silva , Tânia L. K. da Silva, da universidade Federal do Rio Grande do Sul em seu trabalho “O uso de mídias eletrônicas no ensino: A experiência da modernização do ensino de geometria descritiva”.

Um bom exemplo destes recursos são as mídias eletrônicas que podem, quando bem aproveitadas, alavancar o aprendizado dos estudantes em matérias onde é necessário um alto grau de abstração para a sua compreensão

E não só pela questão gráfica dos complexos, o que tornaria nossa discussão ínfima, mas ; tomar conhecimento de que um tema mereceu abordagem cinematográfica; usar isso como uma segunda opinião (obviamente sempre apoiada no controle pedagógico do professor) e; poder complementar o ensino em sala de aula, com novas discussões, nos leva a pensar na utilização do cinema em sala como ferramenta sim, de aprendizado.

E é aí que entra o Dimensions. Para esse entender, se faz necessário uma ligação direta do exposto nos capítulos Números complexos e Variáveis Complexas deste trabalho com os próximos.

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